Genebra , Suíça.
Numa rua arborizada, um carro trafega velozmente, levando um jovem, semelhante a inúmeros outros, pelo menos é isso que aparenta.
Ao passar por sobre um galho seco e ao estalar, o rapaz desperta de sua meditação, em seus olhos, círculos brancos se desanuviam, revelando íris de cor azul.
Seu pai, falara algo, que ele não compreendera, mas isso não importava, ele ainda sentia a forte impressão de mau estar e solidão, que o cercava momentos antes. Sempre que isso se formava, algo temerário acontecia. Eles estavam chegando a seu destino e as árvores passavam aceleradas, colorindo de verde o para-brisa do carro.
- E então você pode se inscrever nas Olimpíadas de matemática da SansDoc. Era o pai do jovem, que falava, porém não tendo a atenção deste. -Com sua capacidade, você será um dos melhores...
O clima um pouco nublado, anunciava que para breve teríamos uma tempestade e as pessoas venciam o frio com pesados agasalhos, buscando um local quente e acolhedor. o carro reduzia a velocidade e sinalizava para entrar num estacionamento. Era um clube esportivo onde o rapaz exercitava-se e mantinha seu equilíbrio físico. O carro estacionou.
O jovem pega sua bolsa, abre a porta e salta para fora e antes de fecha-la, seu pai lhe diz:
-Pense no que lhe disse Hans. Às cinco e meia, lhe pego de volta.
Hans acena e segue decidido para a porta envidraçada. A moderna Academia é enorme e ele se dirige ao vestiário. Lá ele cruza com Andrin e Lukas, seus amigos que estão fazendo musculação.
As horas passam tranquilas , e um pouco de diversão, afastam Hans de seus problemas.
São seis e vinte, e seu pai não apareceu, isso não é comum, sendo seu pai um homem muito metódico.
Ele tenta ligar, mas ele está descarregado. Se ele tivesse que se atrasar, com certeza avisaria.
Às seis e quarenta, ele parte para pegar um ônibus.
Algum tempo depois, já chegando em casa.
- Mãe, mãe. Ele coloca sua mochila no sofá, e suas chaves numa mesinha. Sob as escadas, sua casa está as escuras. Não encontrando ninguém. Desce e vai a cozinha. pega um copo de água, no quadro de aviso, ele vê um bilhete de sua mãe: "Seu pai sofreu um acidente de carro e está no hospital. Hans, ele não está bem". O bilhete é breve e conciso, como a índole de sua mãe.
-Ah, meu Deus.
Hans Anderson Renn, já pressentira aquilo...porque ele tinha poderes paranormais.